O professor retomou a última aula, dando continuidade ao entendimento a respeito de "como um país vira um país", retirado de Herder (1744-1803).
Assim, o professor colocou no quadro de giz a ideia defendida pelo citado filósofo e filólogo alemão de que um Estado (que por hora estamos tomando como "sinônimo" de país) deve ser formado a partir do povo.
Ou seja, e por outras palavras, no entendimento de Herder, primeiro um povo deve constituir a sua língua (o idioma falado), a sua religião (como eles enterram seus mortos, como se dão em casamento, como encaram o sagrado, etc.), a sua indumentária (o modo de vestir), a sua culinária (os pratos típicos que, muitíssimas das vezes, estão altamente relacionados com a geografia, o clima, a hidrografia, etc.), a sua música (as danças típicas e os ritmos próprios), enfim, primeiro um povo deve constituir a sua cultura para, depois, por assim dizer, de baixo para cima, fundar um Estado, o país.
Feito isso, o professor apresentou o entendimento inverso, o de Ernest Renan (1823-1892). Então, o professor explicou e colocou no quadro de giz as ideias defendidas por este filósofo e filólogo frances.
O professor explicou que, segundo Renan, um Estado pode ser formado, ou ainda, "criado", por assim dizer, de cima para baixo, de modo que surja primeiro o país, montado por uma classe de pessoas que o arquitete, e, com base nisso, constitua um povo.
Segundo esse modo de ver a questão, um país assim "montado", poderia vir a aceitar pessoas que dele quisessem participar, um Estado integrado por "adesão".
Feito isso, o professor solicitou que os estudantes pensassem sobre os dois pontos de vista diversos, e, uma vez tendo refletido a respeito dos mesmos, elaborassem a sua opinião.
Após o tempo dado para a tarefa, o professor a tomou, aluno por aluno, questionando o porquê daquele juizo.
Para concluir a aula, o professor passou uma série de questões no quadro de giz, que ficaram de "tema de casa", a ser conferido no dia 12 de abr..
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